Educação
Escolas de Pelotas são pioneiras no empreendedorismo no componente curricular
Município é o primeiro da Zona Sul a adotar a iniciativa como disciplina na grade do Ensino Fundamental
Foto: Divulgação - Professores participam de capacitação sobre empreendedorismo para repassar conhecimentos aos alunos
Promover o desenvolvimento pessoal, a capacidade de lidar com adversidades e o comportamento proativo são alguns dos objetivos da aplicação do empreendedorismo nas escolas. Integrando parte do componente curricular, em Pelotas, a educação empreendedora está chegando primeiramente aos alunos dos últimos anos do Ensino Fundamental e das etapas finais da EJA. Com 33 instituições de ensino colocando o ensino em prática, o Município é o primeiro da Zona Sul a adotar a área como disciplina, segundo o Sebrae RS.
Com a parceria entre a entidade e a Secretaria de Educação (Smed), recentemente mais de 30 professores participaram de atividades de formação para a aplicação do novo ensino nas salas de aulas. A disciplina é ministrada aos estudantes durante um período de 45 minutos por semana, compondo o Núcleo Diversificado do componente curricular. Tendo também como papel prover conhecimentos que serão agregados às demais obtidas nas disciplinas tradicionais.
O objetivo de empregar a cultura empreendedora nas escolas tem como intenção principal fomentar a formação do aluno com características tais como o desenvolvimento das habilidades e competências necessárias para estimular o seu protagonismo, conforme explica a coordenadora pedagógica da Smed, Valdirene Lobato. “A Educação Empreendedora subsidiará o aluno com ferramentas visando à construção de um sujeito capaz de transformar ideias em soluções inovadoras para seu desenvolvimento e da sociedade à sua volta”, destaca. Por se tratar de uma disciplina optativa, atualmente, 33 escolas escolheram pelo componente curricular de ensino empreendedor, podendo o número ser ampliado nos próximos anos letivos.
Formação
A capacitação dos educadores é dividida por módulos de ensino e oferecida pelo Sebrae RS como parte de um dos eixos de atuação do Programa Cidade Empreendedora. “Para que os professores possam aplicar com a nossa ajuda a metodologia na sala de aula”, explica o gestor de políticas públicas da entidade, Fabrício Burkert.
A iniciativa teve como propósito a ampliação do repertório dos professores de diversas áreas, auxiliando no desenvolvimento de atividades criativas e inovadoras em sala de aula. “São atividades muito práticas e acessíveis para as idades dos alunos”, diz a professora de matemática, Márcia Lupi.
O ensino novo na prática
Nas turmas de 7º e 8º anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Jeremias Fróes, no primeiro módulo de ensino do empreendedorismo, os alunos estão realizando atividades voltadas ao trabalho do desenvolvimento pessoal e da autoconfiança.
Em atividades dinâmicas, os alunos desenvolvem ainda habilidades cognitivas e emocionais necessárias para o enfrentamento de dificuldades da vida cotidiana e necessárias para os próximos níveis de aprendizagem. “O empreendedorismo na realidade é ela empreende nela mesma para poder resolver problemas. A parte financeira, de ter uma empresa, é mais adiante”, explica Márcia.
Empreendedorismo adaptado a realidade
A professora optou ainda por abordar a área do empreendedorismo social em razão da escola estar em uma localidade de incidência de vulnerabilidade social. Dessa forma, os estudantes aprendem que empreender também se trata do desenvolvimento de ações que visem o impacto positivo na sociedade, auxiliando na busca por soluções coletivas. “Assistindo o documentário dos Racionais, por exemplo, eles puderam ver que o empreendedorismo não é somente em empresas, mas também em comunidades”.
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